terça-feira, 20 de outubro de 2009

Deputado e acadêmico Alberto Tavares Silva

Morreu na madrugada do dia 28 de setembro de 3009 em Brasília, o deputado federal Alberto Tavares Silva (PMDB). Ele nasceu em Parnaíba, a 10 de novembro de 1918. O corpo do deputado chegará a Teresina ao meio dia. Do aeroporto Petrônio Portella segue para ser velado a Assembléia Legislativa. Alberto Silva era engenheiro civil e político. Foi prefeito de Parnaíba, governador do Piauí por duas vezes. Presidente do diretório regional do PMDB no Piauí, exercercia seu segundo mandato de deputado federal e estava na atividade política há sessenta anos.

Era filho de João Tavares da Silva e de Evangelina Rosa e Silva. Era engenheiro civil formado pela Escola de Engenharia de Itajubá, foi engenheiro-chefe dos Serviços de Transportes Elétricos da Estrada de Ferro Central do Brasil no Rio de Janeiro entre 1941 e 1947.

Filiado a UDN, foi eleito Prefeito de Parnaíba em 1948 e deputado estadual em 1950, renunciando ao mandato após ser nomeado diretor da Estrada de Ferro de Parnaíba (1951/1953). Eleito prefeito de Parnaíba pela segunda vez em 1954, retornou à direção da respectiva estrada de ferro em 1960. No ano seguinte foi nomeado diretor-técnico da Companhia de Força e Luz de Parnaíba e depois passou a residir no Ceará onde dirigiu a Companhia de Eletricidade do Ceará (1962/1970) nos governos de Parsifal Barroso, Virgílio Távora e Plácido Castelo.

Em 1970 retornou ao Piauí e foi indicado governador (ARENA) pelo presidente Emílio Garrastazu Médici numa ação onde foram preteridos o Coronel Stanley Batista e Bernardino Viana, este último vinculado a Petrônio Portella. Ao deixar o Palácio de Karnak em 1975, coordenou o Programa de Desenvolvimento Industrial e Agrícola do Nordeste (Polonordeste) e em 1976 foi nomeado presidente da Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU).

Numa das mais renhidas disputas eleitorias da história do Piauí foi eleito primeiro suplente do senador Dirceu Arcoverde em 1978, sendo efetivado em março de 1979 após a morte do titular. Findo o bipartidarismo ingressou no Partido Popular e logo depois no PMDB em razão da incorporação entre as duas legendas decidida em convenção nacional no ano de 1981.

Em 1982 perdeu a eleição para governador do Piauí para o deputado federal Hugo Napoleão obtendo sucesso em 1986 quando foi eleito com o apoio de seus antigos adversários do PDS derrotando Freitas Neto. Após deixar o governo foi candidato a Prefeito de Teresina em 1992 numa eleição vencida em primeiro turno por Wall Ferraz que fora seu candidato a governador dois anos antes.

Em 1994 foi eleito deputado federal e, em 1996, perdeu em segundo turno em mais um pleito para a prefeitura de Teresina, desta vez para Firmino Filho. Em 1998 foi eleito senador tendo na sua primeira suplência seu filho Marcos Silva e em 2004 foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Conselho da República sendo eleito em 2006 para o seu segundo mandato de deputado federal.

Derrotado por uma ampla coligação oposicionista em 1986, o PFL reaglutinou suas forças e nisso seus maiores líderes foram aquinhoados com cargos no Governo Federal: dias antes da posse do novo governador, o Ministro das Comunicações Antônio Carlos Magalhães nomeou Freitas Neto presidente da TELEPISA (Telecomunicações do Piauí S/A) e em outubro Hugo Napoleão foi escolhido Ministro da Educação do Governo Sarney. Assim os pefelistas elegeram o maior número de prefeitos e vereadores em 1988 enquanto Alberto Silva enfrentava forte oposição interna ao se opor à candidatura de Heráclito Fortes para prefeito de Teresina, o que fomentou uma dissidência partidária liderada pelo professor Raimundo Wall Ferraz. Nas eleições presidenciais de 1989 a maioria das lideranças políticas do estado cerrou fileiras em torno da candidatura de Fernando Collor à Presidência da República, caminho seguido também por Silva.

Alheios à crise peemedebista Chagas Rodrigues, Paulo Silva e José Reis Pereira se filiaram ao PSDB sendo seguidos por Wall Ferraz em 1990. Este último logo se recompôs com Alberto Silva dele recebendo apoio para se candidatar ao governo, porém sua derrota em segundo turno diante de Freitas Neto sepultou as pretensões de ambos. Reforçados pelo prefeito Heráclito Fortes, os aliados de Freitas Neto fizeram de Lucídio Portela senador e elegeram sete deputados federais e dezesseis estaduais ao passo que os "wallistas" elegeram três deputados federais e treze estaduais. Já os petistas sacramentaram Nazareno Fonteles o primeiro dos seus com assento na Assembléia Legislativa ao passo que o PMN apresentou Francisco Macedo como candidato a governador.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota nesta segunda-feira em que lamenta a morte do deputado federal Alberto Tavares Silva (PMDB-PI). Lula afirmou que Silva dedicou "mais de seis décadas a vida pública" e continuava "em plena atividade, exercendo o cargo de deputado federal".

O Governo do Piauí decretou luto oficial por 3 dias.

Assume a sua vaga na Câmara Federal, Themístocles Sampaio Pereira.

O Talento de Aerton Cândido Fernandes


Incentivador do processo de democratização e de interiorização da cultura e do desenvolvimento do saber, o acadêmico Aerton Cândido Fernandes obteve o reconhecimento de seus pares da Academia de Letras da Região de Sete Cidades (Alresc), com sede em Piracuruca e abrangência geopolítica em 16 municípios da região norte do Piauí.

Ele é titular da Cadeira 42, que tem como patrono o vate Astrolábio Coutinho do Amaral, que prestou relevantes serviços a arte musical, destacando-se no seu labor. Inteligência privilegiada, Aerton Cândido Fernandes, membro efetivo e perpétuo da Alresc, é um artífice das letras e das artes. Sua sensibilidade vai além das fronteiras da genialidade.

Aerton foi fundador-proprietário do jornal Diário do Povo, de Teresina e é presidente da loja Babylândia e o maior vendedor de papel chamex do Piauí. Foi presidente do Piauí Esporte Clube e incentivador dos artistas musicais piauienses. Nasceu no Mato Grosso. Piauiense de coração, onde constituiu família e reside há muitas décadas.
"Aerton Cândido Fernandes, o filho de Dona Joaninha, amigo muito querido da colunista, aniversaria hoje. Começou sua história de sucesso na década de 60. Aliás, história de muita criatividade, visão, luta e fé. Ele é um empresário para o qual devemos tirar o chapéu. Ser amigo dos seus amigos é característica do empresário Aerton Candido Fernandes. " destaca Elvira Raulino.
Aerton apoia a música
De acordo com Geraldo Brito, no início de 1967, após alguns conflitos que normalmente ocorrem em grupos musicais, o B.S.B foi desfeito e para preencher o enorme vazio deixado por eles surgiu imediatamente outro conjunto chamado Sambrasa, composto por alguns músicos do extinto Barbosa e acrescido de outros que estavam vindo do Ceará. A primeira formação do Sambrasa foi com: Edmilson Morais (bateria), Zezinho Ferreira (baixo). Colombo (guitarra), Antonio Simplício (acordeon), Linhares (sax), Bossa (piston) e Vicente (cantor). O sucesso do Sambrasa foi o mesmo, culminando na gravação de um LP nos estúdios da Orgacine, em Fortaleza.
O disco contou com a produção do empresário Aerton Cândido Fernandes, que também participava do LP com a composição “Turma do C2H60”, título de um dos blocos famosos do carnaval teresinense dos anos 60. O LP do Sambrasa foi muito bem recebido pelo público local.
Inicio dos anos sessenta na Distanteresina, como diria o poeta Torquato Neto. Uma cidade até então calma, com uma ou duas avenidas e poucos automóveis. Mesmo assim, no aspecto musical, poderíamos observar programas de calouros e, vez por outra, a presença de um astro ou estrela de renome nacional, sempre acompanhados pelo Regional Q3, conjunto pertencente ao quadro de funcionários da Rádio Difusora de Teresina, a pioneira no campo radiofônico da capital, uma vez que a primeira emissora de rádio do Piauí foi a Rádio Educadora de Parnaíba.

Foto: Aerton Cândido Fernandes

Poesia romântica de Aldaíso Fortes




Aldaíso Alves Fortes é um poeta brasileiro do Estado Piauí. Ele nasceu no município de Piracuruca, norte do Piauí e morreu em Teresina. A sua poesia é de forte conteúdo emocional direcionado ao amor incompreendido e às decepções que emanam do relacionamento entre o homem e a mulher. Pertenceu ao quadro de sócios-correspondentes da Academia de Letras da Região de Sete Cidades (ALRESC). É da sua lavra a constituição poética, sob o título QUE PENA:
QUE PENA

Fiz projetos para nós dois,/ E nenhum pude consumar./ Sonhei em teus braços, embevecido,/ Para agora triste acordar./

Nunca pensei que tão depressa/ Esta triste separação/ Surgisse assim, para ferir/ O teu e o meu coração./

É pena, este triste fim/ Entre seres apaixonados/ Que nada mais eles queriam/ Do que serem bastante amados./

É realmente de fazer pena/ Tão pouco amor jogado fora./ Porém, se tem que ser assim,/ Saio da tua vida sem demora./

O poeta apaixonado, como era conhecido nas rodas literárias, nunca se preocupou em publicar seus mais de seis mil trabelhos poéticos, que se encontram inéditos em poder do seu irmão, o poeta, jornalista, acadêmico, escritor e historiógrafo José Fortes Filho, residente em Teresina, capital do Estado do Piauí, presidente da Academia de Letras da Região de Sete Cidades (ALRESC, que se comunica com os seus leitores pelo e-mail www.josefortes2003@yahoo.com.br ou no site www.meionorte.com/josefortes ou no portalentretextos.com.br, através da coluna Panorama Cultural.

O poeta Aldaíso Alves Fortes deixou o seu talento em uma de suas filha, no caso, Talita Fortes, que também se destaca através da poesia e é uma interessada na pesquisa literária.

SAUDADES DE VOCÊ

O escritor Adaíso Alves Fortes, de saudosa memória, foi um poeta muito apaixonado. Amava a vida e as mulheres. Deixou valiosa contribuição na poética piauiense. Sensibilidade à flor da pele, produziu centenas de sonetos, todos ainda inéditos. Foi líder estudantil, presidente da União Piauiense de Estudantes Secundáriiso (UPES) e sócio-correspondente da Academia de Letras da Região de Sete Cidades (Alresc). É de sua lavra o que mostramos a seguir:




SAUDADES DE VOCÊ

Aldaíso (28.10.89)

Meu Deus! Meu Deus! Que tristeza tão triste Essa que tanto ao meu peito magôa?! Tanta dor meu coração não resiste! Já sinto medo de me tornar atoa.

Por que meu Deus a solidão persiste, Se na vida há tanta coisa boa? Será que para mim nada mais existe E se ser correto é se ser atoa?!

Oh! mágoas que tanto ferem meu peito! Já te bastam meu sonho desfeito E essa tortura do meu padecer?!

Como queria com tanta sinceridade Que não me torturasse essa saudade Que eu ainda tanto sinto de você?!...

Veja o que relata uma das filhas do poeta Aldaíso: "Sou Reijane Maria Nunes Fortes, quinta filha de Aldaiso Alves Fortes, neta de José Fortes, sou oriunda da cidade de Teresina, no Piauí. Há pouco tempo soube, atráves de minha mãe que meu avô José Fortes era descendente de portugueses.

Um outro filho de Aldaíso, Aldaíso Alves Fortes Neto foi aprovado no vestibular de 2007, da Faculdade Santo Agostinho, de Teresina, para o curso de Ciências Contábeis.

Mais contribuição poética de Aldaíso:

Mais uma produção poética do escritor Aldaíso Fortes. Natural de Piracuruca, faleceu em Teresina. Possui mais de três mil poesias inéditas que se encontram nos arquivos da Academia de Letras da Região de Sete Cidades (Alresc).

NÃO SEI MESMO...

Aldaíso ( 03.10.83)

Não sei por que tanta curiosidade Tanto mistério e tanta encenação Tanta briga e tanta discussão Em saber de um segredo, por vaidade?

Te quero, como à minha privacidade Sem fazer-te uma só indagação Sem causar-te qualquer decepção Respeitando a tua e a minha intimidade.

Que mais nos interessa neste mundo Além de um querer, que seria profundo Se não não fora, essa tua teimosia?!

Não sei mesmo: como és te aceitei, Se o mesmo não, nem eu mesmo sei Se quero que sejas, minha mais valia.


COERÊNCIA

Aldaíso (04.01.84)

Parece que agora tudo acabou. Os encontros, são agora desencontros Para os quais só uma explicação encontro: É o fim, de um querido e sublime amor.

Procurá-la mais, não devo, não vou. E para aceitar tudo, já estou pronto Para enfrentar a verdade estou no ponto Pois bem sei, que o romance não vingou.

Também, com tanta barreira entre nós Que nos impõe este destino atroz Como iríamos, um sonho realizar?

É melhor, cada um para seu lado, Para que nenhum seja maltratado E possa, à pessoa certa, cada um amar.


(Trabalho produzido pelo historiógrafo José Fortes Filho) Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Na foto; Aldaíso com um filho.



SAUDADES DE VOCÊ

Aldaíso (28.10.89)

Meu Deus! Meu Deus! Que tristeza tão triste
Essa que tanto ao meu peito magôa?!
Tanta dor meu coração não resiste!
Já sinto medo de me tornar atoa.

Por que meu Deus a solidão persiste,
Se na vida há tanta coisa boa?
Será que para mim nada mais existe
E se ser correto é se ser atoa?!

Oh! mágoas que tanto ferem meu peito!
Já te bastam meu sonho desfeito
E essa tortura do meu padecer?!

Como queria com tanta sinceridade
Que não me torturasse essa saudade
Que eu ainda tanto sinto de você?!...

A democratização e a interiorização da cultura no Piauí




A democratização e a interiorização da cultura no Piauí constitui um processo irreversível e vem contribuindo para enriquecer o acervo dos valores históricos e culturais de várias regiões do Estado. Até o ano de 1978, quando foi fundada na cidade de Barras (PI) a Academia de Letras do Vale do Longá (ALVAL), a discussão dos assuntos culturais, em particular na área literária, era desenvolvida pela Academia Piauiense de Letras (APL), fundada em 30.12.1917, também chamada de Casa de Lucídio Freitas, nome do escritor idealizador e um dos fundadores da instituição cultural e pelo Instituto Histórico, Antropológico e Geográfico Piauiense, fundado a 23.06.1918 e que teve Eurípides de Aguiar como primeiro presidente. A ALVAL tem sua sede situada na cidade de Barras (PI).

Academia Parnaibana de Letras

A inteligência piauiense deu curso ao processo de interiorização da cultura por entender que o desenvolvimento do saber não poderia mais continuar sendo privilégio de uma elite conservadora e reacionária. Surge, então, a 28.07.1983, na cidade de Parnaíba, região norte do Estado, a Academia Parnaibana de Letras (APAL), idealizada pelo escritor e jornalista José Pinheiro de Carvalho.

Academia de Letras do Médio Parnaíba

Com sede em Amarante, cidade do sul do Piauí, terra-berço do poeta Da Costa e Silva, a Academia de Letras do Médio Parnaíba foi instituída a 13 de novembro e 1987. Foi fundada por Socorro Santana, Herculano Moraes, Paulo Nunes, Cunha e Silva, Nazi Castro, Afrânio Nunes e Emília Paixão.

Academia de Letras da Região de Picos

A Academia de Letras da Região de Picos (ALERP) foi fundada a 22 de outubro de 1989. A primeira presidente foi a escritora e professora Rosa Luz. Com sede na cidade de Picos, como as demais academias de letras, tem um quadro de 40 cadeiras.

Academia Letras de Floriano
A Academia de Letras e Belas Artes de Floriano e do Vale do Parnaíba (ALBEARTES) foi fundada a 8 de julho de 1994 pelos escritores Heitor Castelo Branco Filho, José Fortes Filho, João Carlos Ribeiro Gonçalves, José Milton Fonseca e Vicente Ribeiro Gonçalves. O primeiro presidente foi João Carlos Ribeiro Gonçalves e o atual é o escritor José Bruno dos Santos. Funciona no auditório do Espaço Cultural Maria Bonita, na cidade de Floriano.

Academia Letras da Região de Sete Cidades

A Academia de Letras da Região de Sete Cidades (ALRESC), com sede em Piracucura, foi fundada a 22 de janeiro de 1996, pelo jornalista e escritor José Fortes Filho, Desembardor Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, Desembargador Tomaz Gomes Campelo, professora Cléa Rezende Neves de Melo, tabelião Valdemar de Moraes Menezes, general João Evangelista Mendes da Rocha, Desembargador José Magalhães da Costa, jornalista Mário Soares de Araújo, jornalista e escritor Osvaldo Lemos de Olioveira, escritor Herculano Moraes, Desembargaodr José Ribamar Oliveira e Desembargador Manfredi Mendes de Cerqueira. É presidida pelo jornalista e historiógrafo José Fortes Filho. A abrangência geopolítica da ALRESC compreende o antigo território de Piracuruca até a Pedra do Sal, na área litorânea do Estado. Outros membros da Alresc: Aerton Fernandes, Alzair Campos, José Itamar Abreu Costa, Miriam Jales de Carvalho, Cid Mendes de Resende Filho, Jorge Machado, Luiz Carlos Oliveira, Mário Roberto Pereira de Araújo, Aldenora Jericó Pinto Coelho, desembargador José Soares de Albuquerque, Dilson Lages Monteiro, Pedro Costa, José Ribamar Garcia, Adrião José Neto, Antônio de Pádua da Costa Lima, Neto Sambaíba, A Tito Neto, Kenard Kruel, Júlio Lopes Caribé, Marcos Patrício Nogueira, Gerson Mourão, Elvira Raulino, Valcira Miranda, Rodrigo Ferraz, Paulo de Tarso Mendes de Sousa, José Luiz de Carvalho, Nívea Magalhães Alves. São personalidades que valorizam a cultura do Piauí. Outros, não persistiram na luta pelo progresso da inteligência. Honraram a Alresc e partiram para eternidade- Tabelião Valdemar de Moraes Menezes, general João Evangelista Mendes da Rocha, desembargador José Magalhães da Costa, escritor Jureni Machado Bitencourt, jornalista Mário Soares de Araújo e o líder Manoel Nogueira Filho.

Academia de Letras do Baixo Parnaíba

Fundada em 1999 por escritores da cidade de Luzilândia, a Academia de Letras do Baixo Parnaíba tem o seu quadro acadêmico constituído de 40 cadeiras de sócios efetivos e perpétuos. É presidida por Rivanildo de Deus.

Academia Mafrensina de Letras

Idealizada por Fabrício de Area Leão Carvalho, a Academia Mafrensina de Letras foi fundada em Teresina a 8 de janeiro de 1955. A comissão organizadora foi composta por Alvaro Ferreira, Clemente Fortes, Fabrício Area Leão, Arimatéa Tito (pai), Raimundo de Brito Melo, R.N. Monteiro de Santana e Simplício de Sousa Mendes. Participaram da reunião preparatória os escritores Artur Passos, Carlos Eugênio Porto, Celso Pinheiro Filho, Cromwell Barbosa de Carvalho, Fernando Lopes Sobrinho, Clidenor de Freitas Santos, Hélio Martins Correia, Cunha e Silva, Manoel Gayoso e Almendra, H. Dobal, monsenhor Chaves, Camilo Filho, O.G.Rego de Carvalho, A. Tito Filho, Robert Wall de Carvalho, Paulo Nunes, Mário José Batista, Lindolfo Monteiro, Waldir Figueiredo e Mário José Batista. Não prosperou.

Outras Academias de Letras:

Em Teresina foi fundada e funciona a Academia de Letras da Inclusão Social – Acadis, fundada pela professora Rosângela Sousa, jornalista José Fortes Filho, professor Fonseca Neto, padre Tony Batista e Itamar Abreu Costa. Outros membros efetivos da Acadis: Henrique Rebelo, Cristiane Sekefe e Rodrigo Ferraz.


O desembargador Tomaz Gomes Campelo fundou na cidade de Pedro II a Academia Pedrossegundense de Belas Artes e Letras.

O médico e professor José Itamar Abreu Costa fundou a Academia de Letras e Ecologia, na cidade de Alto Longá.

Um seleto grupo de intelectuais fundou a Academia de Letras de Campo Maior, hoje presidida pelo acadêmico João Alves Filho.

O escritor Herculano Moraes fundou e preside a Academia de Ciências do Piauí, com sede em Teresina.

A professora Rosângela Sousa e o jornalista José Fortes Filho fundaram e instalaram a Academia de Letras do Cravo, vinculada à Secretaria de Assistência Social (Sasc) e que tem como integrantes o padre Tony Batista, Rosângela Sousa, José Fortes Filho, Wellington Dias, desembargador Paulo de Tarso Mello e Freitas. No momento incontra-se inativa.

Origem de Piracuruca

Por José Fortes
A história de Piracuruca não começa com a construção da igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo. Quando os dois irmãos portugueses José e Manuel Dantas Correia chegaram à região de Piracuruca, por volta de 1718, a região já era povoada e possuía rebanhos, organizados em fazendas, e os moradores já praticavam agricultura de subsistência.

Na localidade “Sítio” existia uma capela onde eram feitos os predicamentos da freguesia, cuja existência é anterior à vinda dos irmãos Dantas.

Há registro de que os irmãos Dantas, em viagem à procura de ouro e pedras preciosas, foram aprisionados pelos índios Tocarijus ou Alongás. Suplicaram salvação à intercessão de Nossa Senhora do Monte do Carmo, com a promessa de que, atendidos, construiriam um templo em sinal de reconhecimento pela graça alcançada. Salvos, iniciaram o árduo trabalho de cumprir a promessa.

José Dantas Correia deixou Piracuruca no processo de edificação do prédio da igreja, sendo ignorado o seu destino. Manuel Dantas Correia prosseguiu sozinho o seu trabalho.

Quando morreu, por volta de 1743, o templo ainda não estava totalmente concluído, faltando a cobertura que, somente, foi feita depois de 1772.

A construção do mais belo templo religioso do Piauí, o único tombado pelo SPHAM - Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, no período de 1722 a 1743, contribuiu, sobremaneira, para aumentar e consolidar o povoamento nas proximidades da fazenda “Sítio”, depois Piracuruca, situada às margens do rio do mesmo nome, cerca de 180 quilômetros da sua nascente, localizada no pé da Sera da Ibiapaba, na divisa do Piauí com o Ceará.

A localidade “Sítio” já existia muito antes de 1700.

A hipótese da vinda dos irmãos Dantas à Piracuruca, no ano de 1718, baseia-se na suspeita de que ambos, Manoel e José, fossem “ïrmãos leigos” da Companhia de Jesus. Nessas condições, vieram prestar um serviço relevante, construindo o templo em louvor a Nossa Senhora do Carmo e gerir negócios de fazendas para o suporte financeiro de um projeto mais ambicioso: instalação de um seminário no sopé da Ibiapaba.

O rio Bitorocara, no entendimento de alguns, depois rio Piracuruca, topônimo que significa “ peixe que ronca “, em lingua indígena, sediava as suas margens as fazendas Serra, de Pedro Alves Pereira; Jatobá, de Lourenço de Sousa Meireles; e Bitorocara, do capitão-de-campo da conquista do Piauí e Maranhão, Bernardo de Carvalho Aguiar. A bacia hidrográfica do rio Bitorocara (Piracuruca) era conhecida como “Pés-de-Serra” ou “Região dos Alongás”.

Bernardo de Carvalho Aguiar, proprietário da fazenda Bitorocara, substituiu a Antônio Soutomaior nas funções de mestre-de-campo do Piauí, tendo a tropa sob seu comando vencido os ínidos Aranhis.

Resumo histórico:

- No período em que o capitão Bernardo de Carvalho Aguiar era mestre-de-campo da conquista do Piauí, foi preso o líder indígena Mandu Ladino, morto em 1716.

- Em 1621, as terras que constituem o Piauí e Ceará foram incluídas no território do Estado Colonial do Maranhão.

- A 25 de agosto de 1654, o Estado Colonial do Maranhão foi transformado em Estado do Maranhão e Grã-Pará.

- Na mesma data (25 de agosto de 1654), as terras do Piauí foram desmembradas do controle do Maranhão, tendo como limite o rio Parnaíba, ficando sob o domínio do Estado Colonial do Brasil.

- Os padres jesuítas Antônio Ribeiro e Pedro Pedrosa empreenderam viagem por terra em 1654, do Maranhão à Serra da Ibiapaba, atravessando os rios Parnaíba (Punaré), Longá Piracuruca (Bitorocara). Da margem do Piracuruca observaram a elevação da Serra Grande, na divisa do Piauí com o Ceará.

- A ocupação das terras do Norte do Piauí ocorreu através de violenta campanha contra os índios, para submetê-los à pacificação, submissão e escravidão.

- A vasta região de Piracuruca, que incluía os hoje municípios de Cocal, Piripiri, Pedro II, Batalha, Domingos Mourão, Brasileira, São José do Divino, Buriti dos Lopes, era habitada pelos índios Tocarijus e Alongás.

- Em 1700, o Piauí já se encontrava ocupado pelos senhores da Casa da Torre, da Bahia, do coronel Garcia D’Ávila.

- Bernardo de Carvalho Aguiar, proprietário da extensa fazenda Bitorocara, que ocupava os territórios de Piracuruca e santo Antônio do Surubim, esteve no cargo de mestre-de-campo da conquista do Piauí até 1730.

- Os blocos de pedra para a construção do templo de Nossa Senhora do Carmo foram retirados do leito do rio Piracuruca e transportados em carros de boi.

- Os irmãos Dantas Correia gastaram duzentos mil cruzados na construção da igreja de Piracuruca, provenientes dos lucros obtidos com a venda dos rebanhos das nove fazendas que implantaram na região a padroeira de Piracuruca, todos os seus bens.

- Supõe-se que Manuel Dantas Correia tenha sido sepultado no interior da igreja.

- A fazenda “Sítio” corresponde hoje a área onde se situa o centro urbano de Piracuruca.

- Foi Sebastião José de Carvalho e Mello, conde de Oeiras e Marquês de Pombal, secretário de Estado do rei Dom José , de Portugal, quem ordenou a instalação da Capitania de São José do Piauí e a implantação de vilas.

- João Pereira Caldas foi o primeiro governador da Capitania do Piauí.

- Em 1718, o distrito do Piauí foi elevado à condição de Capitania, até então subordinada ora à Bahia, ora ao Maranhão.

- Em 16 de agosto de 1762, em ato solene no interior da igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo de Piracuruca, o governador João Pereira Caldas cria a Vila de São João da Parnaíba. Da solenidade, participaram o Conselheiro da Casa de Suplicação de Portugal, Francisco Marcellino de Gouveia e o ouvidor Luiz José Duarte Freire.

- Em 1784, é instituída a Irmandade de Nossa Senhora do Carmo de Piracuruca, destinada a manter o patrimônio da santa, administrar o cemitério e zelar pela igreja.

- Provisão datada de 12 de julho de 1805, do bispo diocesano do Maranhão, dom Luiz de Britto Homem, cria a Paróquia de Nossa Senhora da Graça de Parnaíba, desmembrado do o seu território da paróquia de Nossa Senhora do Carmo de Piracuruca, da qual era capela filial.

- A rua da Goela foi a primeira artéria urbana de Piracuruca. Começava em frente da igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo e acabava no cemitério Campo da Saudade. A rua, apertada e comprida, recebeu o nome de João Martiniano. Anos antes, a família de João Martiniano, chefe político que havia cometido suicídio, foi impedida de enterrá-lo naquele cemitério.

- Gonçalo Machado de Siqueira, proprietário da fazendfa Valentim, era o homem mais rico de Piracuruca no final do século XVIII. Era parente do desbravador paulista Francisco Dias de Siqueira.

- Carta Régia de outubro de 1811 desvincula a Capitania

do Piauí do Piauí da Jurisdição do Maranhão e lhe dá foro administrativo próprio.

- Em setembro de 1812, autoridades da Vila de São João da Parnaíba, com o apoio do povo de Piracuruca, reivindicam ao governador do Piauí, Amaro Joaquim Raposo de Albuquerque, a transferência da capital, de Oeiras, para aquela região litorânea.

- Em 1813, o território de Piracuruca já contabilizava mais de oito mil habitantes.

- Destacava-se o rico proprietário de fazendas de gado de Piracuruca, Pedro de Britto Passos. Natural da Vila de Granja, no Ceará, era filho de Agostinho de Britto Passos Júnior e Joana Pereira de Sousa; bisneto de Manuel Barbosa e Catarina Britto, ambos de Portugal. Pedro casou-se com Ana Maria de Cerqueira, filha de Gonçalo Machado de Siqueira.

- No dia 22 de janeiro de 1823, o alferes Leonardo de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco, em frente da igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo de Piracuruca, lê o manifesto proclamando a adesão do Piauí à independência do Brasil, fiel ao Imperador dom Pedro II, depois de prender a guarnição militar deixada alí pelo major João José da Cunha Fidié.

O comandante português deixara sua destacamento em Piracuruca quando de sua passagem para Parnaíba, onde fora sufocar movimento libertário eclodido a 19 de outubro de 1822 e liderado pelo coronel Simplício Dias da Silva, pelo capitão Domingos Dias da Silva, por Cândido de Deus e Silva, Bernardo Freitas Caldas, Joaquim Timóteo de Britto e outros bravos patriotas.

- No dia 6 de julho de 1832, Piracuruca é elevada à condição de Vila.

- A 23 de dezembro de 1833, o presidente da Câmara de Parnaíba, coronel Simplício Dias da Silva, em ato solene em Piracuruca, no intrior da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, instala a vila do mesmo nome e dá posse aos primeiros vereadores.

- Os primeiros vereadores de Piracuruca foram Albino Borges Leal (presidente da Câmara), Francisco José do Rego Castelo Branco, Vicente Pereira dos Santos, Manuel Rodrigues de Carvalho, Antônio das Mercês Santiago, Pedro de Britto Passos e Ladislau da Costa Portela.

- A 16 de agosto de 1844, a Vila de Piracuruca é elevada à Comarca, desmembrando-se da jurisdição de Parnaíba, passando a ter foro e juizado próprios.

- Em 1844, residiam dois padres na extensa Vila de Piracuruca, da qual fazia parte Periperi. O vigário José Monteiro de Sá Palácio e o padre Domingos de Freitas e Silva, que se afastara dos predicamentos, por livre vontade, para viver maritalmente com Lucinda Rosa de Sousa. Sá Palácio também deixou descendentes.

- Em 1851, foi criada a paróquia do povoado Matões, sob o orago de Nossa Senhora da Conceição.

- Em 1854, o povoado Matões, hoje Pedro II, foi elevado à categoria de vila sendo o seu território desmembrado do de Piracuruca.

- Em agosto de 1851 foi criada a freguesia de São Gonçalo da Batalha, território também desmembrado de Piracuruca.

- Em 17 de dezembro de 1855, Batalha é elevada a vila, sendo José Florindo de Castro o seu primeiro dirigente e primeiro vigário, o padre Antônio Simão de Moura.

- Em 1857, a Confraria de Nossa Senhora do Carmo de Piracuruca concluiu a construção do cemitério Campo da Saudade.

- A 17 de março de 1872, com 18 dias no cargo, o tenente-coronel José Amaro Machado, natural de Batalha, presidente da Província do Piauí, e sua mulher Ana Machado Miranda, são vítimas de envenenamento. No trágico acontecimento morreram osé Amaro, sua mulher e a filha Josefina.

- José Amaro Machado era muito ligado à Vila de Piracuruca, onde seu filho, coronel Tote Machado, foi influente chefe político.

- Pedro de Britto Passos, patriarca de Piracuruca, morreu aos 82 anos de idade, no dia 24 de julho de 1875, em sua fazenda Chafariz. Era pai do senador Gervásio de Britto Passos.

- Piracuruca, até então vila, foi elevada à cidade no dia 28 de dezembro de 1889, 43 dias após a proclamação da República.

- O Decreto Nº 1, de elevação de Piracuruca a cidade, foi assinado pelo governador republicano do Piauí, Gregório Taumaturgo de Azevedo.

- O primeiro Intendente de Piracuruca foi o coronel Pedro Melchiades de Britto Passos, filho do senador e coronel Gervásio de Bitto Passos. Tomou posse no dia 7 de janeiro de 1905.

- O coronel João Facundo de Rezende, filho de Simplício Coelho de Rezende, foi o segundo Intendente de Piracuruca.

- O terceiro Intendente foi o coronel Luiz de Britto Mello, cuja posse ocorreu em 1915.

- Em 1919, ocupa a Intendência Municipal de Piracuruca o comerciante Mariano de Brito.

- A 7 de fevereiro de 1923, morre o senador Gervásio de Britto Passos.

- O dia 19 de novembro de 1923 assinala a chegada em Piracuruca, proveniente de Luiz Correia e Parnaíba, da primeira composição ferroviária. Locomotiva, movida a lenha, com vários vagões de carga e passageiros, da Estrada de Ferro Central do Piauí.

- O quinto Intendente de Piracuruca foi Joaquim de Moraes Britto. Ficou no cargo até 1924.

- Em 1929, o coronel Luiz de Britto Mello volta a ocupar a Intendência de Piracuruca.

- Luiz de Britto Mello, em 1930, em razão da revolução, chefiada por Getúlio Vargas, foi substituído pelo prefeito nomeado, major Anfrísio Gomes.

- Em 1937, o prefeito era o comerciante Lucas Menezes. Morreu em acidente automobilístico no Rio de Janeiro. Foi substituído por José Lopes da Tridade.

- Raimundo Ney Baumann foi nomeado intreventor de Piracuruca. Militar, ficou pouco tempo no cargo.

- Em 1942, assume a Prefeitura o médico João Fortes de Cerqueira.

- O seu sucessor foi o comerciante e agropecuarista Antônio José de Souza, que depois foi deputado estadual. É patrono da Academia de Letras da Região de Sete Cidades.

- No biênio 1945/1946, Piracuruca teve dois prefeitos nomeados: João Fortes dce Cerqueira e Agenor de Moraes Menezes.

- No mesmo período, teve dois interventores: o coronel Torquato Ferreira e o professor José Bittencourt Pereira. Este último pertence aos quadros da Academia de Letras da Região de Sete Cidades, como patrono de uma cadeira.

- Em 1946, assume a prefeitura o dentista Cícero Fortes de Cerqueira.

- Em 1947, é sucedido pelo coronel e ex-Intendente Luiz de Britto Mello.

- O sucessor do coronel Luiz de Britto foi Raimundo da Silva Ribeiro, conhecido por Doca Ribeiro.

- José Mendes de Moraes, que também foi deputado estadual, assume a Prefeitura de Piracuruca. Geroca, como era popularmente conhecido, ficou no cargo de 1955 a 1959.

-Foi seu sucessor o médico José de Brito Magalhães, que ocupou o cargo no período de 1959 a 1961. Renunciou ao cargo alegando estar contrariado com a política.

- Com a renúncia, assume o comerciante Aníbal de Moraes Fontenele (1961).

- Raimundo da Silva Ribeiro ocupa o cargo de 1962 a 1966.

- De 1967 a 1970 a Prefeitura volta a ser ocupada por José Mendes de Moraes.

- O odontólogo Cícero Fortes de Cerqueira é eleito para o período de 1971 a 1973.

- A população de Piracuruca elege novamente Raimundo da Silva Ribeiro para a dirigir os destinos do município de l973 a 1977.

- Nos primeiro ano da nova administração municipal, morre o prefeito Raimundo da Silva Ribeiro. É substituído pelo vice-prefeito Clarindo Primo (Jericó), que fica no cargo até 1977.

- É substituído pelo comerciante e agropecuarista Franklin de Andrade Fontenele, cujo mandato vai até o ano de 1982.

- O sucessor de Franklin Fontenele é o agropecuarista Gonçalo Rodigues Magalhães, mais conhecido por Gonçalinho, que ocupa a Prefeitua de 1983 a 1988.

- O sucede a Gonçalinho o prefeito Adelino Fortes de Moraes Melo, no período de 1988 a 1992, responsável pelas solenidades comemorativas do centenário de Piracuruca.

- O agropecuarista Gonçalo Rodrigues Magalhães é eleito, novamente, prefeito de Piracuruca e fica no cargo até 1996.

- Em 1997 é substuído pelo prefeito Raimundo Alves Filho, cujo mandato vai até o ano 2000.

- Raimundo Alves Filho é reeleito prefeito de Piracuruca para um mandato de mais quatro anos, ficando no cargo até 2004. Para o período 2005/2008 foi eleito Alcides Cardoso de Araújo. O atual prefeito: Raimundo Louro

Academia comemora os 200 anos da 1ª obra literária do Piauí

A Academia de Letras da Região de Sete Cidades (ALRESC) vai promover solenidade em comemoração aos 200 anos de lançamento do livro POEMAS, primeira obra literária de um escritor piauiense, tendo como autor o poeta Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva.

Na sessão solene da ALRESC será conferido o Diploma do Mérito Cultural Poeta Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva a persoanalidades que contribuiram para o desenvoilvimento das letras no Piauí, nas diuversas áreas da inteligência.

Uma comissão constituída pela Diretoria da Academia de Letras da Região de Sete Cidades está colhendo subsídios para a concessão da honraria nos diversos municípios piauienses e em outras unidades da Federação.

OVÍDIO SARAIVA DE CARVALHO E SILVA

Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva faleceu no dia 11 de janeiro de 1852, na vila e hoje atual cidade de Piraí, no Rio de Janeiro, o advogado, poeta e desembargador Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, o iniciador da literatura piauiense.

Dr. Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva nasceu na Vila São João da Parnaíba, hoje atual cidade de Parnaíba, no ano de 1787.

Ainda jovem seguiu para Portugal ingressando depois no curso jurídico da universidade de Coimbra, na época em que na metrópole brilhava geniais vultos da literatura. Logo cedo se manifestou o poeta publicando em 1808 ?Poemas?, ?Ode Patriótica? e ?Congratulatória ao Príncipe, à Pátria e à Academia pela restauração do governo legítimo?. Fez parte do batalhão acadêmico formado por ocasião da invasão francesa no país. Em 1809 publicou um folheto com o título ?Narração das marchas feitas pelo corpo militar acadêmico desde 21 de março, em que saiu de Coimbra, até 12 de maio, sua entrada no Porto? e ?Os Sucessos da Restauração do Porto?.

Recebeu o grau de bacharel em letras no ano de 1811 e opositor aos lugares de letras, sendo nomeado em 1812 como juiz-de-fora de Mariana (MG), ano em que publicou no Rio de Janeiro ?O Pranto Americano? e ?O Patriotismo Acadêmico?, este dedicado a dom João de Almeida de Melo e Castro, Conde de Galveas. Foi o 2� juiz-de-fora, do crime, civil e órfão, provedor da fazenda dos defuntos, ausentes, capelas e resíduos, de Nossa Senhora do Desterro (SC), de 24 de julho de 1816 a 1819. Exerceu o cargo de Desembargador da Relação do Rio Grande do Sul. Eleito em 1821 para representar o Piauí nas cortes constituintes de Lisboa declinou o cargo sendo substituído pelo suplente Pe. Domingos da Conceição. Em 1821 publicou ?O Amigo do Rei e da Nação? e ?Defesa de João Guilherme Rataliff? em 1825, na defesa do patriota republicano comprometido na revolução em que se proclamou em 1824 a Confederação do Equador, em Pernambuco.

No período de 1826 a 1840 publicou as seguintes obras: ?As saudosas cinzas do Sr. João do Couto Melo, Visconde de Castro? (elegia 1826), ?Considerações sobre a Legislação Civil e Criminal do Império do Brasil? (1837), ?Heroides de Olímpia e Herculano? (1840). Escreveu também a primeira letra do Hino da Independência intitulado ?Ao Grande e Heróico 7 de Abril de 1831?, para a música composta por Francisco Manuel da Silva (1795-1865), na época das comemorações da abdicação de D. Pedro I e sua partida para Portugal em 13 de abril de 1831. Os versos do hino eram agressivos aos colonizadores portugueses cuja primeira estrofe diz:

"Os bronzes da tirania
Já no Brasil não rouquejam
os monstros que a escravizavam
já entre nós não vicejam".

Na coroação de D. Pedro II, em 1840, a música de Francisco Manuel ganhou nova composição com versos de autoria desconhecida. Desta vez, destacava-se por elogios e exaltações à maioridade do novo imperador, e que teria vida útil enquanto durou o Império. Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva é Patrono da Cadeira 27 da Academia Parnaibana de Letras.

José Fortes


FORTES, José (José Alves Fortes Filho) – n. 11-03-1944 - Piracuruca (PI). Filho de José Alves Fortes e Teresa Alves Fortes. Jornalista, poeta e cronista. Foi chefe de reportagem, diretor do Departamento de Jornalismo e chefe de gabinete da Assessoria de Imprensa do Governo do Estado. Dirigiu o “Jornal da Integração”, da Central de Rádio da Assessoria de Imprensa do Governo do Estado. Na imprensa, militou como editor chefe do jornal “O Dia”, editor e diretor executivo do jornal “Diário do Povo” e diretor e editor chefe do jornal “O Estado”. Vice-presidente da União Brasileira de Escritores (UBE/PI).

Detém, entre outros, o Diploma do Mérito Cultural Lucídio Freitas, da Academia Piauiense de Letras e o Diploma de Jornalista do Ano (1997). Fundador e presidente da Academia de Letras da Região de Sete Cidades. Conselheiro do Memorial das Nações Indígenas, do Governo do Piauí, Agente Superior da Administração do Governo do Piauí. Foi Assessor da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí.

Diretor do Departamento de Desenvolvimento Turístico da Piemtur, Diretor do Sindicato dos Jornalistas do Piauí, Técnico em Transações Imobiliáros (registrado sob nº 0211 no Conselho Regional e Federal de Corretores de Imóveis), Repórter, em fase de aposentadoria, da Coordenadoria de Comunicação Social (CCom).

É verbete do “Dicionário Biobibliográfico de Escritores Brasileiros Contemporâneos” (1998), de Adrião Neto. Bibliografia: “Literatura e Arte” (1986); “Jornalismo – Ética, Direito e Dever” (1989); “Adesão do Piauí à Independência do Brasil” (1991), opúsculo; “Teresina, de Saraiva a Heráclito” (1992); “Vultos da Região de Sete Cidades”(1998), “Hermes Pinheiro – Poeta e Jornalista” (1998); “Ensaio Poético” (1998); “Josípio Lustosa – Perfil de um Líder” (1998), “Crônicas dos Novos Tempos” (1998); e, “Os Dois Irmãos Milagrosos” (1998), em parceria com Antônio de Pádua da Costa Lima e “Personalidade Cultural do Século – Talentos da Inteligência do Piauí” (2001).